Leia o artigo de opinião da autoria de Joana Louro, assistente hospitalar graduada de Medicina Interna CHO-Unidade de Caldas da Rainha Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus da SPMI. Por ocasião do Dia Mundial da Obesidade, assinalado a 4 de março, a especialista partilha o seu apelo para que seja mudado o "minset" em relação à obesidade. Esta deve ser entendida por todos, incluindo profissionais de saúde, como uma doença crónica - uma das mais prevalentes e subvalorizadas.
É já no dia 29 de março que ocorre a sessão informativa ‘Saúde em Dia: Obesidade e Cancro – Prevenir é o Melhor Remédio’, no Auditório do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), com transmissão online para os centros de dia e instituições residenciais para idosos envolvidos no projeto.
A pandemia teve impacto no tratamento da obesidade que, por ser considerada uma doença benigna, foi relegada para segundo plano, com impacto nas consultas, exames e cirurgias, mencionou o vice-presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), António Albuquerque.
Segundo especialistas na área do tratamento da obesidade, o estigma associado ao doente obeso e à cirurgia bariátrica precisa de ser combatido e desmistificado perante a população geral e os profissionais de saúde.
O custo direto do excesso de peso e obesidade foi estimado em cerca de 1,2 mil milhões de euros, aproximadamente 0,6% do PIB e 6% das despesas de saúde em Portugal.
As sociedades médicas e as associações de doentes ligadas à obesidade defenderam hoje que esta doença tem de ser tratada como crónica e reincidente, devendo Portugal melhorar a resposta e gestão da patologia.
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) lançou a campanha “Cuide do seu fígado”, com o objetivo de sensibilizar, informar e prevenir a população sobre as doenças do fígado. Esta iniciativa, realizada em parceria com a Europacolon Portugal e a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado, conta com o apoio da Roche.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.