Há cerca de 200 anos, em 1817, James Parkinson médico inglês descrevia, pela primeira vez, no “An Essay on the Shaking Palsy”, uma das doenças neurológicas mais comuns e intrigantes: a Doença de Parkinson.
James Parkinson nasceu a 11 de abril 1755 e é por esta razão que todos os anos, a 11 de abril, se assinala o Dia Mundial da Doença de Parkinson. Este dia é assinalado em todo o mundo com ações de sensibilização sobre a Doença de Parkinson, para informar e consciencializar a população mundial para esta doença crónica neurológica degenerativa, até hoje sem cura.
Calcula-se que em Portugal a prevalência da doença é de 100 a 200 casos a cada 100 mil habitantes, em geral com mais de 60 anos, mas são cada vez mais frequentes os casos de Parkinson jovem.
No Dia Mundial da Doença de Parkinson, a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) de Lisboa realiza durante a tarde uma sessão de informação, formação e convívio no auditório do Centro de Medicina Desportiva, no Estádio Universitário de Lisboa, através duma colaboração com a Faculdade de Motricidade Humana. Haverá diversas comunicações de especialistas na área - neurologistas, investigadores, neurofisioterapeutas, terapeutas da fala e um doente que dará o seu testemunho sobre o impacto que a doença tem na sua vida.
Neste dia, é importante assinalar, o impacto que a doença tem na vida dos doentes e sensibilizar a comunidade em geral de forma a criarmos uma sociedade cada vez mais informada e capaz de melhor integrar estes doentes nas diversas atividades sociais. É importante assinalar também, o papel de todos os profissionais da saúde que, ao longo dos anos, vêm trabalhando e investigando formas de melhorar a qualidade de vida destes doentes e capacitar os seus familiares e cuidadores.
Os últimos meses foram vividos por todos nós num contexto absolutamente anormal e inusitado.
Atravessamos tempos difíceis, onde a nossa resistência é colocada à prova em cada dia, realidade que é ainda mais vincada no caso dos médicos e restantes profissionais de saúde. Neste âmbito, os médicos de família merecem certamente uma palavra de especial apreço e reconhecimento, dado o papel absolutamente preponderante que têm vindo a desempenhar no combate à pandemia Covid-19: a esmagadora maioria dos doentes e casos suspeitos está connosco e é seguida por nós.