O tratamento com um novo medicamento abriu uma nova porta na medicina regenerativa ao ajudar ratos de laboratório a regredir o tecido danificado do fígado, cólon e medula óssea, anunciaram hoje investigadores norte-americanos.
Se a terapia funcionar em humanos, os cientistas acreditam que pode salvar as vidas de pessoas que estão em estado crítico com doenças no cólon, doenças hepáticas ou alguns cancros.
No entanto, os investigadores sublinharam que a pesquisa está ainda num estado muito inicial e que mais trabalho é necessário antes da terapia ser testada em humanos.
O estudo, liderado por investigadores do Case Western Reserve e do UT Southwestern Medical Center, foi publicado na revista Science.
“Estamos muito entusiasmados”, afirmou o co-autor Sanford Markowitz, professor de genética oncológica na Case Western Reserve's School of Medicine.
Desenvolvemos um medicamento que actua como uma vitamina para as células-mãe dos tecidos, estimulando a sua capacidade de reparar os tecidos mais rapidamente”, adiantou.
O medicamento “cura os danos em vários tecidos, o que nos sugere que pode ser aplicada no tratamento de várias doenças”.
O fármaco em questão – que para já tem a designação de SW033291 – consegue acabar com a actividade de um gene produzido em todos os humanos: 15-hydroxyprostaglandin dehydrogenase (15-PGDH).
Isto proporciona mais espaço para a prostaglandin E2, que incentiva o crescimento de muitos tipos de células-mãe e promove a cura.
Os investigadores realizaram uma série de experiências que demonstraram que o SW033291 pode inactivar o 15-PGDH, no interior de uma célula, quando injectado em animais de laboratório.
Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.