A Direção Nacional da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) devido à escalada de novos casos de COVID-19 sublinharam que a situação vivida nos centros de saúde está a deteriorar-se, colocando em risco a qualidade dos cuidados prestados aos utentes e indo para além dos limites de resistência dos profissionais que ali desenvolvem a sua atividade.
A marcação para a dose de reforço da vacina contra a COVID-19 já está disponível para pessoas com 50 ou mais anos e para vacinados com a Janssen, há 90 ou mais dias, com 30 ou mais anos. Estas pessoas podem fazer a marcação através do portal do autoagendamento, esclarece o comunicado divulgado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
A Linha Saúde 24, que está em sobrecarga, terá “nas próximas horas” um algoritmo diferente que permitirá “uma maior fluidez do encaminhamento” das chamadas, disse a ministra da Saúde, Marta Temido.
A Ordem dos Médicos (OM) reafirmou a importância da vacinação contra a COVID-19, defendendo ser crucial manter o foco neste processo, com uma “estratégia bem definida” e meios suficientes para a sua operacionalização.
Durante a última semana, a Linha SNS24 atendeu cerca de 240 mil chamadas, quase mais 30% do que na semana anterior, estando a ser tomadas várias medidas para responder à “pressão muito elevada e repentina” devido ao agravamento da pandemia.
Dezembro é o mês com mais testes realizados à COVID-19 realizados em Portugal desde o início da pandemia, com mais de 227 mil testes realizados até dia 17, informou a task force da testagem.
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) apelou ao cumprimento das medidas de saúde pública durante a época do Natal e Ano Novo, nomeadamente o distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos.
Até às 18h00 de dia 19 de dezembro, foram vacinadas contra a COVID-19 cerca de 18 mil e 800 crianças dos 9 aos 11 anos. Além das crianças agendadas para este fim de semana (cerca de 77 mil), no sábado à tarde, foi dada a oportunidade às crianças sem marcação, de serem vacinadas sem marcação nos centros de vacinação.
Neste momento os CSP encontram-se sobrecarregados de processos burocráticos inúteis, duplicados, desnecessários, que comprometem a relação médico-doente e que retiram tempo para a atividade assistencial.