A Assembleia da República debate hoje, com a presença do primeiro-ministro, António Costa, o projeto de decreto presidencial que renova o estado de emergência, documento que volta a permitir o confinamento obrigatório.
O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje ser “impossível não pensar que necessariamente” Portugal vai ter um novo estado de emergência, considerando que os dados da pandemia demonstram esta necessidade.
O contexto familiar e de coabitação é responsável por cerca de dois terços dos contágios pelo novo coronavírus, de acordo com dados apresentados pelo primeiro-ministro, que revelam ainda que as escolas representam apenas 3% dos contágios.
A Ordem dos Médicos (OM) congratulou-se com a declaração de estado de emergência, que queria ativado mais precocemente, e avisou a população sobre um agravamento da pandemia nas próximas semanas e a necessidade de manter medidas preventivas.
O primeiro-ministro afirmou hoje que regresso do país ao estado de emergência não está em cima da mesa, frisando que esta é uma competência constitucional do Presidente da República e que o anterior confinamento teve "custos imensos".
Os últimos meses foram vividos por todos nós num contexto absolutamente anormal e inusitado.
Atravessamos tempos difíceis, onde a nossa resistência é colocada à prova em cada dia, realidade que é ainda mais vincada no caso dos médicos e restantes profissionais de saúde. Neste âmbito, os médicos de família merecem certamente uma palavra de especial apreço e reconhecimento, dado o papel absolutamente preponderante que têm vindo a desempenhar no combate à pandemia Covid-19: a esmagadora maioria dos doentes e casos suspeitos está connosco e é seguida por nós.