Direção executiva do SNS vai criar quatro novas Unidades Locais de Saúde
DATA
16/12/2022 09:56:45
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Jornal Médico
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Direção executiva do SNS vai criar quatro novas Unidades Locais de Saúde

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) adiantou que iniciou os trabalhos para a elaboração dos planos de negócio para quatro novas ULS: Guimarães, Aveiro, Entre o Douro e Vouga, e Leiria. O SNS passará, assim, a dispor de 12 unidades, o equivalente a um aumento de 50%.

O SNS dispõe atualmente de oito ULS - Matosinhos (criada em 1999), Norte Alentejano (2007), Guarda (2008), Baixo Alentejo (2008), Alto Minho (2008), Castelo Branco (2010), Nordeste (2011) e Litoral Alentejano (2012).  "Dez anos depois da criação da última ULS, assiste-se agora a uma pequena revolução neste processo", destaca a direção executiva do SNS, lembrando que "atualmente, as Unidades Locais de Saúde prestam cuidados a uma população superior a um milhão de habitantes".

O diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, salienta que este aumento de 50% de ULS no país "representa uma dimensão profunda na construção de instrumentos de planeamento e organização do SNS, com relevantes ganhos em saúde, através da otimização e integração de cuidados, da proximidade assistencial, da autonomia de gestão, do reforço dos Cuidados de Saúde Primários, sempre com o foco nos utentes".

Esta abordagem vai "definir a reorganização" das instituições do SNS, que passam a assumir a resposta assistencial ao nível CSP e cuidados hospitalares de forma integrada. O plano de negócio das quatro novas ULS vai incluir a análise dos impactos clínicos e financeiros desta forma de organização, assegurando "os ganhos em saúde gerados pela integração de cuidados, pela proximidade das decisões, pelo incremento da autonomia das novas instituições, promovendo os CSP como a base do sistema, fornecendo os meios e os recursos necessários para a sua missão".

A DE-SNS adianta também que iniciou a elaboração do plano de negócios para integrar no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) o Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, "visando aumentar o acesso e a eficiência". Os processos, que têm por objetivo a proximidade e integração de cuidados, bem como a autonomia das organizações, deverão estar terminados no primeiro semestre do próximo ano, adianta a DE-SNS.

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Editorial | Joana Torres
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