Amanhã, dia 19 de maio, comemora-se o Dia Mundial do Médico de Família. Nesse sentido, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) juntou-se à Organização Mundial dos Médicos de Família (WONCA) e decidiu organizar um debate que decorrerá sob o mote “sempre próximo para cuidar”.
Agendado para esta data comemorativa, o debate arranca às 18h00, no Hotel Eurostars Universal Lisboa (Parque das Nações). O papel presente e futuro dos médicos de família no sistema de saúde e as formas como estes profissionais podem contribuir para aumentar a proximidade dos serviços de saúde à população são os temas em destaque para este evento.
A Ministra da Saúde, Marta Temido, o bastonário da Ordem dos Médicos (Miguel Guimarães), o presidente da APMGF (Nuno Jacinto) e o eurodeputado e ex-secretário de Estado da Saúde Manuel Pizarro foram convidados a participar neste debate. A moderação ficará a cargo da jornalista Dulce Salzedas.“A celebração do Dia Mundial do Médico de Família, a 19 de maio, é também uma forma de reforçar a necessidade de, em definitivo, valorizar e reconhecer o trabalho destes profissionais. Todos sabemos que o papel do MF é central nos sistemas de saúde, mas em Portugal não têm sido tomadas medidas que o traduzam na prática, muito pelo contrário – não é por isso de estranhar que o SNS seja cada vez menos atrativo para os médicos de família, sendo particularmente difícil reter os jovens especialistas”, defende Nuno Jacinto.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.