De acordo com os investigadores, tendo em conta os dados da semana (11-17 janeiro), na qual foram confirmados laboratorialmente cerca de 10 mil casos diários, “a prevalência estimada da nova variante foi de cerca de 13%”. Para a determinação desta prevalência foi utilizada uma ferramenta em tempo real, desenvolvida no âmbito da colaboração entre o INSA e a Unilabs.
“Através da sequenciação genómica, foi determinada uma correlação forte entre a falha na deteção do gene ‘S’ em alguns testes de diagnóstico e a presença da variante do Reino Unido, com um valor preditivo acima dos 95%, permitindo estabelecer a prova de conceito da validação da utilização deste gene para a identificação da ‘variante do Reino Unido’”, explica o INSA.
A instituição sublinha ainda que, de acordo com dados analisados até 20 de janeiro, se observou “um crescimento da frequência relativa da variante do Reino Unido a uma taxa de 70% por semana, pelo que as estimativas apontam para que, daqui a três semanas, esta variante possa representar cerca de 60% de todos os casos Covid-19 em Portugal”.
De forma a alargar a vigilância com base na sequenciação genética, o INSA está a receber amostras referentes ao mês de janeiro, provenientes de dezenas de Laboratórios de todo o país. Com isto, pretende fazer a monitorização alargada e com representatividade geográfica, da emergência, evolução e distribuição de todas as variantes genéticas do SARS-CoV-2 que circulem em Portugal.