O grupo Lusíadas Saúde prepara hospitais do Porto e Braga para apoiar Sistema Nacional de Saúde (SNS), tendo em conta o plano de contingência ativado pelo Ministério da Saúde, a partir do despacho de 03 de novembro de 2020.
Este despacho indica que as unidades do SNS deverão ver suspensa “a atividade assistencial não urgente que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes”.
Em comunicado, a Lusíadas Saúde afirma que “Esta circunstância de contingência implica um crescimento ainda mais acentuado das listas de espera, que atualmente já se encontram na ordem de 1 milhão de consultas, 100 mil exames e mais de 60 mil cirurgias”.
Ainda assim, “a Lusíadas Saúde (LS) tem vindo a atuar ativamente no apoio aos cidadãos portugueses contribuindo com a sua atividade diária, nos seus 13 hospitais e clínicas, […] através da realização de mais de 1.500 cirurgias ao abrigo do programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) do Serviço Nacional de Saúde”.
“Atendendo ao atual contexto de saúde pública e no decorrer das reuniões que tem vindo a manter com o Ministério da Saúde ao longo da última semana, a LS está a reajustar o perfil assistencial das suas unidades a norte do País – Hospital Lusíadas Porto e Hospital Lusíadas Braga –, para contribuir de forma ainda mais ativa no combate à pandemia Covid-19 e à imperativa necessidade de atuar nas consultas, diagnóstico e tratamento das demais patologias não Covid-1”, lê-se ainda no comunicado.
Desde o dia 03 de novembro de 2020, a Lusíadas Saúde afirma ainda ter vindo a ter contactos diretos com a Associação Regional de Saúde (ARS) Norte e “iniciado o processo de adesão ao acordo que, para além da duplicação da capacidade instalada para SIGIC – já informada e em operação –, irá permitir o internamento de doentes com patologia médica em fase aguda”.
Segundo o grupo de saúde hospitalar está ainda a dar-se a “negociação de capacidade com um Hospital de referência, no Porto, para poder acelerar ainda mais a execução das cirurgias urgentes em lista de espera, num total de 25 camas médicas e cirúrgicas”.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.