A ministra da Saúde, Marta Temido, esclareceu ontem que o período de isolamento profilático para pessoas infetadas com o novo coronavírus não foi alterado, mas sim o critério da alta clínica.
“A quarentena não foi alterada em termos de período de tempo, há outros países que, de facto, estão a praticar outros períodos de quarentena mais reduzidos, mas nós temos vindo a ser cautelosos neste aspeto”, disse, na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de Covid-19 em Portugal.
O que foi alterado foi o critério da alta clínica, ou seja, o critério para que um doente que foi confirmado com a doença Covid-19 possa ter alta clínica, aí é que houve, em linha com a evidência científica, uma alteração, frisou.
“Nos casos em que há doença ligeira ou moderada confirmada por testes essa alta clínica passa a poder acontecer aos dez dias desde que se verifiquem duas condições, nomeadamente a ausência de febre e a melhoria dos eventuais sintomas durante três dias consecutivos”, disse Marta Temido.
A ministra realçou que alta clínica não é a mesma coisa que quarentena, ou isolamento profilático, tendo existido alguma confusão sobre estes aspetos, após a publicação hoje de uma atualização a uma norma da Direção-geral da Saúde.
Marta Temido recordou que quarentena é o período de isolamento profilático em que são colocadas as pessoas que não têm doença ou que têm suspeitas e estão a aguardar se têm ou não Covid-19.
Por seu lado, a alta clínica é o fim das medidas de isolamento para doentes com Covid-19, observou.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.