A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve alertou para a realização de chamadas telefónicas fraudulentas com o intuito de recolher dados pessoais para falsos rastreios do cancro da mama.
Em comunicado, a ARS do Algarve adiantou que a pessoa que contacta as utentes intitula-se como médica e responsável pelo programa de rastreio daquele organismo regional, solicitando dados pessoais e procedimentos “que nada têm que ver” com o Programa de Rastreio do Cancro da Mama no Algarve.
“A ARS do Algarve participará às autoridades competentes as referidas ocorrências”, lê-se na nota, referindo que o núcleo de rastreios daquela entidade teve conhecimento da situação através de denúncias de utentes, e que se tratam de atos “suscetíveis de afetar a confiança da população nos rastreios legítimos efetuados no âmbito dos programas do Ministério da Saúde”.
O Programa de Rastreio do Cancro da Mama no Algarve, efetuado em parceria com a Associação Oncológica do Algarve e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), começou em setembro de 2005 e percorre todos os concelhos da região.
Atualmente, o programa de rastreio encontra-se já na sétima volta, sendo a convocatória das utentes, referenciação, gestão e monitorização do programa efetuado pelo núcleo de rastreios da ARS do Algarve.
Todas as mulheres entre os 50 e os 69 anos inscritas nos centros de saúde da região são contactadas por carta enviada por aquele núcleo, com a convocatória para a realização de uma mamografia digital gratuita numa unidade móvel de saúde, que é deslocada para os centros de saúde de cada concelho.
“Só em casos excecionais podem as utentes serem contactadas por telefone, mas apenas para reforço da marcação de rastreio, e nunca para solicitar informações pessoais às utentes de qualquer teor”, sublinhou, ainda, aquela ARS.
As ações de rastreio são sempre publicitadas no portal www.arsalgarve.min-saude.pt, divulgação “que pode ser complementada através de cartazes, mas nunca por contacto pessoal, designadamente telefónico”, conclui.
Os últimos meses foram vividos por todos nós num contexto absolutamente anormal e inusitado.
Atravessamos tempos difíceis, onde a nossa resistência é colocada à prova em cada dia, realidade que é ainda mais vincada no caso dos médicos e restantes profissionais de saúde. Neste âmbito, os médicos de família merecem certamente uma palavra de especial apreço e reconhecimento, dado o papel absolutamente preponderante que têm vindo a desempenhar no combate à pandemia Covid-19: a esmagadora maioria dos doentes e casos suspeitos está connosco e é seguida por nós.