O ministro Adjunto e da Economia afirmou que a criação do estatuto especial para os médicos que queiram trabalhar em territórios menos favorecidos já permitiu levar 150 clínicos para locais onde normalmente não existem preferências.
Pedro Siza Vieira falava aos jornalistas antes do início da última reunião de secretários de Estado desta legislatura, que decorreu ontem em Castelo Branco, na Secretaria de Estado para a Valorização do Interior.
O governante explicou que uma das medidas do plano valorização do interior inclui, de um modo mais geral, um estatuto que apoie a mobilidade de funcionários públicos para os territórios do interior. "Entendemos que em alguns momentos é preciso criar incentivos e vencer alguma inércia. É mais fácil atrair pessoas do estrangeiro para virem viver para Castelo Branco do que, propriamente, às vezes, pessoas de Lisboa. E essas são perceções que temos que mudar", frisou.
O ministro sublinhou ainda que se registaram sucessos importantes ao nível da diversificação da base económica e da atração de atividade económica para estes territórios mais desfavorecidos. "Nestes últimos quatro anos tivemos investimentos muito significativos nos principais polos urbanos do interior do país, criando empregos e aumentando as exportações. Esse é um ponto em que claramente a vertente é muito positiva", sustentou.
Pedro Siza Vieira admitiu que o Governo gostaria de ter ido mais longe em muitas coisas: "Aquilo que se passa é que temos que conciliar e fazer escolhas de tal maneira que os avanços que vamos fazendo em benefício das populações e das empresas não comprometam um esforço muito grande de consolidação das finanças públicas, que nos permita assegurar que a economia continua a crescer sustentadamente e que as finanças públicas continuem equilibradas".
Caso isso não aconteça, o governante recorda que as medidas que podem ser tomadas no imediato e que podem parecer muito interessantes, a curto prazo, podem depois precipitar problemas maiores no futuro.
"O que queremos é que todas as medidas sejam irreversíveis e se consolidem", concluiu.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.