O Prémio Pulido Valente Ciência 2018 distinguiu o investigador do i3S Rúben Pereira pelo artigo “A single-component hydrogel bioink for bioprinting of bioengineered 3D constructs for dermal tissue engineering”, publicado na revista “Materials Horizons”».
O júri da Fundação Professor Francisco Pulido Valente e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia considerou este trabalho como um dos dois melhores artigos publicados na área das Ciências Biomédicas e realizado numa instituição de I&D nacional por um(a) investigador(a) com menos de 35 anos.
O investigador explica como foi desenvolvido o trabalho: «Primeiro desenhamos à escala molecular um novo biomaterial de origem natural baseado em pectina (polímero natural); depois, este biomaterial foi combinado com fibroblastos, células da derme, e de seguida aplicado na bioimpressão 3D de hidrogéis celularizados capazes de suportar a viabilidade das células após a bioimpressão e, assim, estimular a formação de novo tecido da derme com composição similar ao tecido nativo».
Este estudo, sublinha Rúben Pereira, «demonstra o potencial de uma estratégia multidisciplinar baseada em bioimpressão 3D para o fabrico automático de substitutos da pele, que podem ser específicos para cada paciente, e com várias aplicações em medicina regenerativa». Esta estratégia, adianta o investigador, «permite ainda o desenvolvimento de modelos 3D in vitro da pele como ferramentas fundamentais para o teste de novos produtos e terapias, bem como para melhor compreender os mecanismos que as células utilizam em resposta a uma lesão, crónica ou aguda, para promover a formação de novo tecido».
O Prémio Pulido Valente Ciência visa distinguir o melhor trabalho publicado numa área das Ciências Biomédicas (no concurso de 2018 o tema foi Engenharia Biomédica) que descreva investigação executada por um cientista com menos de 35 anos num Laboratório nacional. O montante deste prémio é de 10 mil euros e será dividido com a primeira autora do outro trabalho premiado, Joana Sacramento, publicado na revista «Diabetologia». A entrega dos prémios terá lugar a 7 de março, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.