A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou que a inalação de fumos ou de substâncias químicas e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias, tendo emitido recomendações sobre como agir nestas situações.
Em comunicado, a DGS indicou que “existem lesões de inalação devidas ao calor que provocam obstrução e risco de infeção. Além da lesão pelo calor, há possibilidade de lesão pelas substâncias químicas do fumo que provocam inflamação e edema com tosse, broncoconstrição e aumento das secreções”.
De acordo com a organização de saúde, há também a possibilidade de surgirem lesões mais tardias e mais graves, com destruição celular que, em casos extremos, causam falência respiratória.
De forma a evitar os efeitos nefastos da exposição ao fumo, a DGS aconselha a população a permanecer no interior de edifícios, frisando que “é a forma mais efetiva de prevenir danos”.
A DGS alerta ainda para o "mito do leite", esclarecendo que este "não é um antídoto para o monóxido de carbono. Não vem descrita em artigos científicos a sua utilidade".
Recorde-se que um incêndio rural deflagrou, na passada sexta-feira, em Monchique, distrito de Faro, alastrando-se aos concelhos de Portimão e Silves. Segundo o balanço desta manhã, há 32 feridos, um dos quias em estado grave, e 181 pessoas desalojadas após terem sido evacuadas de várias localidades.
De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram mais de 21.300 hectares.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.