A Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) afirmou “não poder assumir o compromisso” da construção de um novo Centro Hospitalar para a Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
No comunicado emitido, a ARSN relembra a moção aprovada, recentemente, pela Assembleia Municipal de Vila do Conde, defendendo a construção de um novo equipamento de saúde para as duas cidades, mas considera que "constrangimentos orçamentais" condicionam essa pretensão.
"O Conselho Diretivo da ARSN informa que, não estando em causa a possibilidade de tal pretensão [construção de raiz de um hospital] no futuro poder vir a ser satisfeita, nesta fase, por uma questão de constrangimentos orçamentais, não é possível assumir tal compromisso", pode ler-se no comunicado.
A ARSN considera, por outro lado, ser "financeiramente possível" um investimento nas atuais instalações do centro hospitalar, nas duas cidades, vincando que está em curso uma avaliação das intervenções necessárias a serem feitas "num curto espaço de tempo".
"Com o objetivo de salvaguardar a prestação de cuidados em segurança e conforto aos cidadãos e garantir as melhores condições de trabalhos aos profissionais em exercício nas Unidades Hospitalares de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, está a decorrer um levantamento de necessidades de modo a que, no mais curto espaço de tempo praticável, possa ser efetuado o investimento necessário e, neste momento, financeiramente possível”, indica.
Na última quarta-feira a Assembleia Municipal de Vila do Conde aprovou, por unanimidade, uma moção que defende a construção de raiz de um novo Centro Hospitalar que sirva o concelho e também o município vizinho da Póvoa de Varzim.
Recorde-se que há três semanas tinha sido a Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim a aprovar uma moção de apoio à realização de obras de ampliação do Centro Hospitalar local e de recusa da deslocalização de valências para unidades privadas ou fora dos concelhos.
O início da segunda década deste século, foram anos de testagem. Prova intensa, e avassaladora aos serviços de saúde e aos seus profissionais, determinada pelo contexto pandémico. As fragilidades do sistema de saúde revelaram-se de modo mais acentuado, mas por outro lado, deu a conhecer o nível de capacidade de resposta, nomeadamente dos seus profissionais.