Autarcas algarvios exigem a Paulo Macedo que demita Pedro Nunes
DATA
07/02/2014 11:33:09
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Jornal Médico
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Autarcas algarvios exigem a Paulo Macedo que demita Pedro Nunes

[caption id="attachment_5787" align="alignleft" width="300"]pedronunes “Os autarcas do Algarve têm a percepção que o Dr. Pedro Nunes se colocou, ele próprio, numa posição insustentável para gerir o centro hospitalar. Agora cabe ao senhor ministro tomar as decisões”, afirmou o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, referindo-se ao presidente do conselho de administração do CHA[/caption]

Os autarcas algarvios transmitiram ao Ministro da Saúde que o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve está numa “posição insustentável” para gerir os hospitais de Faro, Portimão e Lagos, afirmou o presidente da Comunidade Intermunicipal.

A posição foi manifestada pelos autarcas algarvios a Paulo Macedo durante uma reunião realizada no Ministério da Saúde para debater a situação da sector na região, depois de um grupo de 180 médicos ter feito um abaixo-assinado a denunciar a falta de condições dos hospitais que integram o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e de queixas de doentes que se deparam com faltas várias.

“Os autarcas do Algarve têm a percepção que o Dr. Pedro Nunes se colocou, ele próprio, numa posição insustentável para gerir o centro hospitalar. Agora cabe ao senhor ministro tomar as decisões”, afirmou o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, referindo-se ao presidente do conselho de administração do CHA.

Jorge Botelho frisou que os autarcas entendem que Pedro Nunes, antigo bastonário da Ordem dos Médicos, se colocou nessa “posição insustentável” pelas “posições que recentemente tem tomado de confronto com toda a gente” e transmitiram essa ideia a Paulo Macedo, que “registou” mas disse que só em “casos excepcionais é que procede a alguma substituição” nas administrações.

Jorge Botelho, que preside também à Câmara de Tavira, disse que no Algarve há uma “percepção de falta de confiança e clima instalado entre a classe médica, a classe do centro hospitalar, entre os profissionais do sector e que se está a transmitir à população com faltas várias, de medicamentos, de consumíveis, adiamento de consultas, meios complementares de diagnóstico ou de cirurgias, que obviamente têm muito também a ver com a falta de médicos”.

A falta de clínicos e de atractividade da região para os médicos foi outro dos assuntos debatidos na reunião de mais de duas horas, assim como o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, em São Brás de Alportel, que Paulo Macedo garantiu que “iria continuar e com o padrão de qualidade que teve até aqui, segundo Jorge Botelho.

“Houve um conjunto de compromissos, falámos do número de médicos, ou da falta deles, que era a nossa percepção que faltam médicos, faltava um corpo de enfermagem, e o senhor ministro para isso disse-nos que estava prevista a abertura de um concurso para reforço de médicos e que estava muito preocupado com a situação, por causa da questão de o Algarve ter muita gente ao longo do ano e especialmente no verão”, contou ainda Jorge Botelho.

Foi ainda dada a garantia pelo ministro, segundo o autarca, de que se iriam “manter-se os centros hospitalares existentes” e de “de que se iriam manter [os hospitais] de Faro, Portimão e Lagos, obviamente com a preocupação do reforço dos médicos e as questões da logística a ela associada, para que haja prestação de cuidados eficazes à população”.

Jorge Botelho concluiu que o objectivo da AMAL é que o Algarve tenha “acesso a cuidados de saúde eficazes e sem faltas”, preocupação que é partilhada pelo ministro da Saúde.

 

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